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Idoso pode morar sozinho?

Idoso pode morar sozinho?

Uma idoso pode morar sozinho de forma segura enquanto tiver boas capacidades funcionais e cognitivas. No entanto, não é tão simples avaliar se suas condições de saúde suportam a decisão de continuar vivendo sozinho, sem que isso venha acompanhado de um elevado risco de dano à sua integridade física.

É muito comum que filhos de pessoas idosas comecem a questionar se seus pais, que moram sozinhos, estão correndo riscos, seja com relação à nutrição, higiene, risco de acidentes ou mesmo o uso correto de medicamentos.

Para saber se uma pessoa idosa pode estar precisando de uma ajuda extra, alguns pontos precisam ser observados:

Capacidade Funcional:

A capacidade funcional refere-se ao conjunto de habilidades físicas e mentais que permitem que uma pessoa idosa continue a exercer autonomia e independência, mantendo o controle sobre suas atividades diárias.

Essas atividades são divididas em duas categorias principais: atividades instrumentais e atividades básicas de vida diária.

Se um idoso mantém sua autonomia fora de casa (atividades instrumentais), como dirigir, fazer compras, visitar médicos, amigos e familiares, é provável que também não tenha dificuldades em exercer a mesma autonomia dentro de casa.

Por outro lado, uma pessoa que já perdeu essas capacidades, seja devido a problemas de saúde física ou mental, tem mais chances de precisar de ajuda em seu domicílio, como cozinhar, lavar roupas ou fazer pequenos reparos, o que indica um maior risco para sua saúde.

Um idoso que necessita de ajuda para atividades básicas, como tomar banho, se vestir e se locomover, por exemplo, não terá boas condições de segurança ao continuar morando sozinho.

Capacidades Cognitivas:

Diversas doenças podem prejudicar as funções mentais de pessoas idosas, como transtornos neuropsiquiátricos, depressão severa, sequelas de AVC e demências, especialmente a doença de Alzheimer.

Essas condições de saúde podem afetar o julgamento e a capacidade de realizar adequadamente as atividades instrumentais e básicas de vida diária.

Devido ao comprometimento cognitivo, essas pessoas podem ter dificuldades em preparar alimentos, usar o banheiro, tomar seus medicamentos e realizar outras tarefas que exigem um bom funcionamento do cérebro, impedindo o idoso de morar sozinho.

É por isso que pessoas com comprometimento cognitivo correm riscos ao continuar morando sozinhas. Um exemplo comum é o idoso com Alzheimer que esquece panelas no fogo ou não consegue usar os medicamentos corretamente, podendo até correr risco de overdose.

Portanto, essa população está mais vulnerável e se beneficia enormemente do cuidado integral de familiares ou cuidadores profissionais.

Como o médico geriatra pode ajudar?

Avaliar o grau de autonomia e independência de pessoas idosas não é uma tarefa simples, pois muitos elementos precisam ser analisados para determinar se existem boas condições de segurança ou se há um risco significativo para a saúde.

Para diagnosticar as capacidades de uma pessoa mais velha, o médico geriatra utiliza ferramentas médicas validadas internacionalmente, como as escalas de Katz e Lawton. A Escala de Katz é utilizada para avaliar o grau de autonomia em atividades básicas de vida diária, enquanto a Escala de Lawton avalia as atividades instrumentais de vida diária.

Com o uso desses instrumentos, o geriatra pode fornecer uma avaliação objetiva e responder à família se é seguro que o idoso permaneça morando sozinho ou se há um risco elevado de acidentes e outros problemas que possam ocorrer com o paciente.

Essa avaliação médica é importante para orientar a família na tomada de decisões sobre o cuidado e a segurança do idoso. Dependendo dos resultados da avaliação, podem ser recomendadas medidas adicionais de apoio, como cuidadores, modificações no ambiente doméstico ou até mesmo a consideração de alternativas de moradia, como casas de repouso ou comunidades assistidas.

É fundamental que a avaliação seja feita periodicamente, uma vez que as condições de saúde do idoso podem mudar ao longo do tempo. O acompanhamento médico contínuo e a comunicação aberta entre o médico geriatra, o idoso e sua família são essenciais para garantir o bem-estar e a segurança do idoso que mora sozinho.

Se você precisar de orientações especializadas para ajudar a decidir se um idoso pode morar sozinho, além de obter uma avaliação integral sobre a sua saúde ou de seus familiares, clique aqui para agendar um horário. 

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