Com o passar dos anos, nossos corpos sofrem um desgaste natural. Esse processo nos torna mais suscetíveis a problemas de saúde, os quais são identificados e tratados pela especialidade da geriatria.

Conheça as doenças e condições de saúde mais prevalentes na pessoa idosa, as quais apesar de muito frequentes, não são considerados normais:

Incontinência urinária na geriatria:

A perda involuntária de urina pode afetar até 75% das mulheres idosas e tem múltiplas causas. Em homens a prevalência pode atingir até 39%.

Incontinência de estresse: é caracterizada pela eliminação de urina quando a pessoa se submete a algum tipo de esforço, o qual aumenta a pressão intra-abdominal, como tossir, espirrar ou erguer peso.

Incontinência de urgência ou bexiga hiperativa: causa um desejo súbito de urinar, não sendo possível reter a micção por muito tempo. 

Existe também a forma mista, na qual combinam-se essas duas modalidades.

Na avaliação médica é importante determinar o tipo de incontinência, pois os tratamentos variam de acordo a sua causa. 

Atualmente existem diversas opções de tratamentos medicamentosos e não farmacológicos, com o objetivo de melhorar esse sintoma, o qual causa desconforto a muitas pessoas idosas.

Insuficiência cognitiva:

Aquilo que foi aprendido e memorizado quando mais jovens, tende a ser a informação que permanece mais retida em nossas memórias. 

O cérebro da pessoa idosa sofre modificações, as quais levam à redução de seu volume e velocidade de processamento. 

Essas mudanças tornam o sistema nervoso mais suscetível a demências, como no caso da doença de Alzheimer, a qual pode afetar até 50% das pessoas com 80 anos ou mais.

Apesar de ser relativamente frequente, não é considerado normal a pessoa idosa apresentar esquecimentos a ponto de prejudicar suas atividades diárias.

Além de estar mais predisposto a problemas de memória, idosos estão propensos a apresentarem problemas de ordem psíquica, como no caso da depressão, a qual chega a atingir até 1 a cada 5 pessoas com 60 anos ou mais.

Frente a um sintoma como a perda de memória, alterações no comportamento ou mudanças no aspecto psicológico da pessoa idosa, uma avaliação com o médico especialista em geriatria é necessária para diagnóstico e tratamento. 

Instabilidade e Quedas:

1 a cada 3 pessoas com 65 anos ou mais sofre uma queda todos os anos. Esse número se torna cada vez maior, conforme a idade avança. 

Cerca de 50% desses acidentes resultam em lesões e 10% dos idosos que caem sofrem problemas graves, como fraturas, por exemplo.

Outras complicações incluem perda de funcionalidade e mobilidade, em parte pelo medo de cair novamente. 

Dada a grande prevalência desse sintoma é importante que a pessoa idosa procure prevenir esses acidentes.

Problemas de saúde como AVCs, deficiência visual, demência e outras condições neurológicas como a doença de Parkinson, aumentam muito o risco de quedas. 

Medicamentos também estão associados, especialmente em pessoas idosas que fazem uso de múltiplos remédios, como anti-hipertensivos, antidepressivos e analgésicos opioides, por exemplo. 

Pessoas idosas caem mais dentro de sua própria casa, portanto é importante tomar medidas preventivas, como retirada de tapetes, manter boa iluminação e instalação de barras de apoio.

Imobilidade na geriatria:

Dado o processo natural de envelhecimento a pessoa idosa tem a tendência de reduzir sua mobilidade, por diversos fatores.

Entre eles, a perda de massa muscular é determinante para o enfraquecimento, redução de agilidade, desenvolvimento de dores crônicas, além de prejuízos no metabolismo como um todo. 

Agir proativamente nesse processo pode evitar um declínio rápido e incapacitante.

Através de uma boa nutrição, a qual deve visar o consumo adequado de proteínas, a pessoa idosa possui matéria prima para a manutenção de seus músculos.

Entretanto, apenas a ingestão proteica não é capaz de impedir a degeneração muscular, sendo de extrema necessidade a realização de exercícios físicos que estimulem o desenvolvimento dos músculos.

Idosos acamados necessitam de um cuidado ainda mais especializado, visto que estão em risco de desenvolver complicações como úlceras por pressão, contraturas musculares e dores crônicas.

Iatrogenia:

Danos causados por intervenções em saúde, geralmente não intencionais. Certamente um grande mal que acomete o paciente idoso. 

Aqui entram efeitos colaterais de medicamentos inapropriados, os quais podem trazer prejuízos a saúde, quando o objetivo é encontrar benefícios.

É de suma importância o papel do médico geriatra na prevenção da Iatrogenia.

Dada a maior sensibilidade do organismo da pessoa idosa à medicações, algumas delas devem ser evitadas. Conhecimento o qual domina o especialista em geriatria.

Em pessoas idosas frágeis a retirada de remédios pode ser definidora no processo de melhora da qualidade de vida.

Devemos contar com o auxílio desse especialista para detectar e intervir da maneira correta nos cuidados com a saúde, especial e diferenciada, de pacientes idosos. 

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